08-01-2012 11:58:21

Cinema -"O ÚLTIMO DANÇARINO DE MAO" (MAO’S LAST DANCER) - O inimigo agora é a China ?

‘’O ultimo dançarino de Mao’’by Bruce Beresford (Australia 2009) se trata de mais um filme a serviço da luta ideológica pró capitalismo-imperialismo americano, agora no século XXI, porém com os mesmos clichês do século passado. O inimigo agora é a China.

Por Luis Fabiano Soares (Rio de Janeiro)

Aos 11 anos, Li Cunxin foi tirado de uma pobre aldeia chinesa para estudar balé na escola de dança de Madame Mao, em Pequim. Em 1979, ele consegue entrar para a Companhia Houston Ballet durante um intercâmbio cultural no Texas, onde começa uma vida nova. Ele prefere não retornar à China, manobras legais e o casamento com uma bailarina americana conseguem mantê-lo nos EUA. Baseado no livro autobiográfico do próprio protagonista.

Pura ferramenta explicita da luta ideológica. Parece que ainda estamos nos tempos da guerra fria. Tudo real?? Até que ponto. Só faltou os comunistas comerem as criancinhas no filme. Quando o diretor australiano, o mesmo de ‘’conduzindo miss Dayse’’, mostrava a China, parecia que estávamos assistindo a um filme da idade da pedra ‘os flinstons’, literalmente. Já quando o filme se reportava aos EUA, seus arranha-céus texanos quadrados e espelhados, parecia que estávamos vendo ‘2001, uma odisséia no espaço’, porém no concreto de mau gosto da metrópole americana.

"Se trata de uma armadilha muito bem pensada e friamente arquitetada"

O dançarino acaba se casando com uma dançarina da Austrália, onde moram atualmente felizes para sempre com três lindos filhinhos miscigenados. Daí o gancho da origem do país de produção e direção, ex- colônia penal britânica, agora aqui a serviço dos EUA. O grande público, em sua maioria mulheres, se emociona, chora e acredita. Em tudo que vê e assiste? Sem questionar? Creio que sim.

 Pois se trata de uma armadilha muito bem pensada e friamente arquitetada, fórmula de sucesso usada há mais de meio século. Vejamos: Quem tem o discernimento de se sentar no escurinho do cinema, ver uma película emocionante e bem conduzida, ainda que escura e com uma qualidade de imagem que deixa a desejar, cheia de dança, ballet clássico, com piano tocando ao fundo, sonhar e após o final feliz ainda resistir e dizer: tudo não passa de mais uma obra a serviço do grande capital, mais uma ferramenta da luta ideológica pró capitalismo. Quem pensa assim? Ainda mais depois de se emocionar com a melosa estória e mais, com o respaldo de  se tratar de um relato ‘verídico’ autobiográfico. Nos tempos de hoje, de massificação total, de efeito manada, globalização e pensamento único dominante. Com todos reféns apenas do dinheiro e do consumo, fica difícil imaginar um pensamento verdadeiramente crítico.

A começar pelas resenhas e sinopses nada críticas que se vê, deste filme em particular, na internet e na grande mídia de massa. Todos os ‘críticos’ da sétima arte estão a serviço do patrão. Protagonistas do efeito manada, os pseudo críticos ficam atentos apenas ao caráter técnico em seus aspectos mais subjetivos, superficiais em resumo. Falta antes de tudo, coragem, pelo menos um mínimo de discernimento e espírito crítico a quem se atreve a discorrer e ‘analisar’ filmes.

 Bem, mas e o outro lado? Não sejamos sectários. É certo que um pouco ou em grande parte, um fundo de verdade a estória tem, existiu. O dançarino chinês escreveu o livro, viveu os contrastes, optou pelo capitalismo e deu seu testemunho. A estória vendeu, o dançarino foi valorizado, reconhecido internacionalmente, o mundo pode conhecê-lo. Ou melhor, a pequena burguesia, um pequeno segmento privilegiado do capitalismo pode conhecer o ‘dançarino’ e sua técnica apurada.

 Então, fica a pergunta. Os americanos são mesmo foda? São ‘os caras’? Livres? Avançados? Consumistas, consomem uma vida mais confortável. Afinal, o que se leva da vida é a vida que se leva??? Só isso? Ou algo mais, algo para as futuras gerações, um mundo melhor para nossos filhos, netos e bisnetos?

 O cinema, como sempre, usado para formar opinião. E a platéia, continuará inocente e ingênua?







  • Facebook
  • Google Bookmarks
  • linkedin
  • Mixx
  • MySpace
  • netvibes
  • Twitter
 

Eventos

La morte amoureuse de Théophile Gautier

La morte amoureuse de Théophile Gautier au Théâtre Darius Milhaud

« Memories »

« Memories » de Philippe Lebraud et Pierre Glénat

Paul Klee, Peindre la musique

L’exposition numérique rend hommage aux deux passions de Klee, la musique et la peinture, et révèle les gammes pictural...

Alô !!! Tudo bem??? Brésil-La culture en déliquescence ! Un film de 1h08 mn

Photo extraite du film de Mario Grave - S'abonner sur notre canal Youtube  pour avoir accès à nos films :

El mundo del vintage

Marché Dauphine, un marché singulier
et ultra-spécialisé

Inauguré en 1991, le Marché Dauphine est le plus récent mais aussi le plus grand marché couvert des Puces de Saint Ouen : sur deux étages et dans un espace de 6 000 m2, il abrite quelque 150 marchands d’antiquités et de brocantes. Présentation, ici.

Salir en Paris (Pincha en el título)

« Loading, l'art urbain à l'ère numérique »

jusqu'au 21 juillet 2024 au Grand Palais Immersif


            


Ultima hora

Madrid, 11 mars 2004

L'Espagne, mais aussi l'Union européenne, rendent un hommage solennel lundi aux 192 victimes de 17 nationalités assassinées il y a 20 ans à Madrid dans des attentats à la bombe qui marquèrent le début des attaques islamistes de masse en Europe.

 
Pablo Neruda a-t-il été empoisonné ?
Cinquante après, le Chili relance l'enquête sur la mort du poète et Prix Nobel de littérature survenue sous la dictature du général Pinochet. Cancer de la prostate ou empoisonnement ?
 
Paris 2024 : les bouquinistes ne seront pas déplacés
Paris 2024 : les bouquinistes des quais de Seine ne seront finalement pas déplacés pour la cérémonie d’ouverture des JO « Déplacer ces boîtes, c’était toucher à une mémoire vivante de Paris » a déclaré à l'AFP Albert Abid, bouquiniste depuis dix ans au quai de la Tournelle.
 
Sophie Calle et la mort !
Sophie Calle, artiste de renom, achète des concessions funéraires au USA en France et ailleurs. "J'achète des trous" dit -elle à propos de sa mort.
 
53 journalistes et proches de médias tués dans la guerre Israel- Hamas
Cinquante-trois journalistes et employés de médias ont été tués depuis le début de la guerre entre Israël et le Hamas, selon le dernier décompte du Comité pour la protection des journalistes (CPJ)