05-02-2011 18:58:50

Fotografia : um interesse em constante evolução

Jovens e menos jovens de países emergentes e ricos compram fotografias contemporâneas, modernas e primitivas. Uma empolgação que provoca o aumento dos preços !

Por Hélios Molina

Há apenas uma década o mundo da fotografia francesa interessava apenas a algumas dezenas de colecionadores parisienses. A demanda americana sustentava alguns dos belos e grandes valores do nosso país da fotografia primitiva. A França, um dos berços da fotografia, inesgotável fornecedor de fotos antigas e modernas está atingindo seus limites. Agora dá para apreender com mais facilidade as épocas, os artistas e os preços. Esse novo mercado muito internacionalisado está se abrindo a diversos campos graças à descoberta de acervos riquíssimos. Nesse setor ainda à procura de suas marcas e emoções, quem está lucrando : a Europa central, um novo viveiro amplamente explorado pelas galerias européias há três ou quatro anos. Alguns nomes são incontornáveis.  O checo, que alia arte da luz e objetos, Joseph Sudek (1896-1945) é um valor seguro em pé de igualdade com os grandes nomes dessa época na França. Os húngaros também possuem acervos e artistas cativantes (Angelo, Klara Langer, Imre Linszki, etc.). A Alemanha não esquece Otto Steinert (1915-1978) sua figura maior do pós-guerra com sua « fotografia subjetiva », seus retratos e suas vistas de Paris. Mas a explosão da fotografia é desde muito tempo atiçada pela flama permanente de nomes Americanos tais como Man Ray, Paul Strand, Diane Arbus, Edward Weston, Nan Goldin, as fotos de índios de Curtis, etc. que batem recordes nos leilões. Mas, cuidado com os negativos ! Um escândalo recente em torno das obras do Man Ray revelou que certos negativos vendidos a preços exorbitantes eram revelações da década de 70. Visto o número de publicações, na França, rica no género fotógrafico humanista (1945-1980), a cotação de amor é bem alta mas os preços não correspondem à estima que lhe é consagrada. As cotações parecem subestimadas para os mais conhecidos como Doisneau, Ronis, Boubat, etc. Henri Cartier-Bresson, o mais caro deles,  atinge dificilmente 8 000 euros. Nessa mesma lógica de comparação, podemos excluir Brassaï, uma venda recente à Drouot obteve 206 000 euros por um de seus negativos. E portanto, ano passado suas fotos de « Paris la nuit » datando de 1932 foram vendidas entre 2600 e 7800 euros. Parece não haver nenhuma regra estabelecida para os preços em vigor no mercado. Felice Beato (1833-1907), veneziano naturalisado inglês, um dos primeiros repórteres por volta de 1850 não achou comprador num leilão, apesar dos preços muito baixos. Ninguém levantou a mão para arrematar as fotos de japoneses do começo da era Meiji, negativos raríssimos de Beato por apenas 1600 euros. O fotojornalismo também é uma tendência que tem se afirmado no mercado e nas galerias nos Etados Unidos, na Grã-Bretanha e na França. Não é raro encontrar negativos de reportagem sendo vendidos ao lado de obras de artistas renomados. Agora amadores e futuros colecionadores podem escolher um tema de predileção evitando assim se dispersar. O ideal não é acumular tudo de maneira desordenada, mas escolher entre o nu, o erotismo, a fotografia de viagem, o orientalismo, o surrealismo, a fotografia de casamento, das profissões antigas, a paisagem, o esporte, etc. E você vai notar que há em todos os países, desde o início da fotografia, estudos próximos da pintura, um desejo profundo e às vezes bem sucedido de introduzir estas emulsões no sacrossanto templo da arte. E certos negativos geniais não ultrapassam algumas centenas de euros !

HM  

 

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