15-08-2011 16:35:38

Arnaldo Baptista dos Mutantes: "revelo-me contra o fogo e à favor da "eletricidade solar"

Criador da banda de rock mais inventiva de todos os tempos, Os Mutantes, Arnaldo personificou o desbunde e o deboche do tropicalismo, da pop art e do cinema marginal.
Por Dalverson Machado (Rio de Janeiro)


Arnaldo Dias Baptista é a síntese de todas as transformações e revoluções culturais que varreram o cenário artístico brasileiro dos anos 60 pra cá.

 Experimentando linguagens e trazendo uma identidade libertária nas sonoridades e nos acordes dissonantes de letras geniais e discos antológicos. A musica de Arnaldo se confunde com sua vida, marcada pelo tropicalismo, Mutantes e pela posterior piração da genial carreira solo. Seu primeiro álbum-solo, Lóki? É a obra-prima do rock brasileiro, lançado em 1974, com a participação de Rita Lee, Liminha e Dinho e arranjos de Rogério Duprat.

Como disse o jornalista Marcelo Dolabela: "A verdade é que a genialidade de Arnaldo só poderia ser tratada, pela mentalidade mediocrizante brasileira, de um forma, como loucura. Nem uma possível morte, várias vezes anunciada, seria adequada. A loucura. Assim teríamos nosso Syd Barrett, nosso Arthur Rimbaud, nosso Antonin Artaud. Mas contra este estigma, basta apenas ouvir a obra de A.B."

Micmag : Que significou pra você a volta dos Mutantes? Que lembranças esse retorno te trouxe?

Foi uma decepção para mim, lembrei que o meu irmão é um ditador! Como sempre nenhum instrumento Gipson, e nem amplificadores valvulados.

 M : Fale sobre seu último disco “Let it Bed”?

Foi bem natural. O John Ulhoa e o Rubinho Troll, que são parceiros de música e já tiveram uma banda juntos, o SEXO EXPLÍCITO. Eles vieram aqui em casa e instalaram um equipamento de gravação e tudo foi acontecendo muito à vontade, depois o John editou e produziu o cd.

 M : Como foi ver sua vida retratada no filme “Loki”?

Foi uma surpresa, deixei o filme ser feito sem pensar no resultado e deu certo, muitos prêmios e isto me surpreendeu. Cada vez que vejo reparo em coisas diferentes e acho interessante o depoimento de outras pessoas, que lembram de coisas que eu não lembrava mais.

 M : Seus quadros retratam cenários lúdicos, sonhados, imaginados. Fale do seu trabalho como artista plástico?

Deixa-me com a mente completa, na música depende-se de muitos, nas artes plásticas uso os mesmos materiais dos grandes mestres, tintas e pincéis.

 M : Como acontece o seu processo de criação? Como você se revela em seu trabalho?

Depende das influências na minha vida diária. Eu tento refletir à respeito delas, revelo-me contra o fogo e à favor da "eletricidade solar" (não polui).


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