Rio de Janeiro - 

Brasil - O gigante acorda ?!

Luis Fabiano Soares - 20 de junho 2013
As manifestações nas ruas e praças das seguem a toda prova aqui no Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Em inicio de inverno, vivemos nosso momento primavera árabe brasileira, nossas manifestações irmãs do movimento 20M , os manifestos de maio de 2011 espanhol.

As manifestações nas ruas e praças das seguem a toda prova aqui no Rio de Janeiro e em todo o Brasil. Em inicio de inverno, vivemos nosso momento primavera árabe à brasileira, as nossas manifestações são irmãs do movimento 20M espanhol, os manifestos de maio de 2011. Capitaneadas por redes sociais, tendo jovens como a maioria com a simpatia e presença de muitos de seus pais, a juventude, talvez maioria classe média universitária, digo um talvez, pois o movimento é ainda novo, pode ser mutante, transformante e transformado. Está no ar.

Teve como estopim o aumento das passagens de ônibus, e depois se desdobrou, multiplicou, expandiu nas reivindicações apartidárias anticorrupção, mais escola e educação e questionando os gastos bilionários com a copa.

Até que ponto o jovem classe média predomina nesse movimento?

Vivemos numa economia do quase pleno emprego, com uma taxa de 5,7% de desempregados, certamente um número importante para os dias de hoje, ainda mais num país em desenvolvimento e cheio de mazelas sociais como o nosso. Verdadeiras chagas abertas no coração das grandes cidades, as explicitas favelas, as péssimas condições de saneamento e moradia por parte da população, talvez a maior parte da população brasileira seja carente desses serviços básicos aqui no Brasil. Uma antiga vergonha nacional de mais de 60 anos, que a cada ano, a cada dia não melhora, e creio que piora. Aos olhos nus dos governantes e de toda a população, inclusive a esclarecida classe média que muitas vezes faz vistas grossas e agora surfa na onda dessas manifestações.

Enquanto isso o pais luta, gasta e é escolhido para ser sede de Copa do Mundo e Olimpíadas. Os organismos financeiros ofereceram mundos e fundos, bilhões a perder de vista. Estádios de futebol a custos bilionários e a população sem escolas, creches, hospitais, moradia... Demorou a população brasileira acordar e protestar. O gigante está se levantando aqui no Brasil.

Ainda inicial e incipiente essas manifestações de rua nas principais capitais do país, iniciadas a menos de uma semana, pipocam como uma onda,

uma corrente puxando a cada dia novas cidades e pessoas.

Algumas peculiaridades das manifestações daqui são a coincidência delas, de sua explosão inicial, junto com a copa das confederações, evento futebolístico organizado com ajuda da FIFA e sob total subserviência do governo brasileiro a esse órgão estrangeiro, impondo a permissão de bebidas nos estádios entre outras condições e atitudes exigidas, mudando a rotina do nosso futebol, respeitado mundialmente.

Outro ponto nada ingênuo a se destacar nessas manifestações é a massacrante cobertura dos grandes grupos de mídia capitalista do Brasil, sejam os grandes jornais impressos, a TV globo, principal emissora de TV aberta e suas sucursais espalhadas por todo pais, além do rádio e da jovem propagadora internet, dentro e fora das redes sociais. Cobertura quase 24h por dias manifestações, muitas vezes ao vivo em canal aberto e a cabo falando, filmando, mostrando, entrevistando manifestantes e especialistas. Nas bancas, todas as manchetes noticiam e as fotos escancaram as multidões nas ruas do Brasil.

Patrulhamento entre os manifestantes a fim de evitar qualquer bandeira partidária que se queira levantar nas manifestações. Mesmo assim é possível identificar grupos trotskistas. Muitos caminham nas cores brancas ‘pela paz’.

Bem, por enquanto todos os políticos respeitaram as manifestações e abriram se ao diálogo com as lideranças dos manifestantes. Há sinais de que as passagens de ônibus devem abaixar de preços. Os aumentos estão sendo revistos.

Ainda que existam muito baderneiros, grupos a fim de vandalismo, e alguns exageros da polícia, principalmente a de São Paulo, a maioria está gritando, é preciso ficar atento.

O movimento pode avançar mais.

E a Argentina, protestará como a gente? E os explosivos países vizinhos, seguirão o movimento?

 Rio de janeiro, 11h da noite de19-jun-2013.



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